26 de junho de 2011

A CIDADE MARAVILHOSA É HOJE UM CAMPO MINADO.


Mais duas caixas subterrâneas pertencentes a Light - Companhia de Energia Elétrica do Rio - explodiram ontem (25). Só este mês já aconteceram quatro explosões somando-se as outras dezenas já explodidas anteriormente.




Um dos dois Bueiros que explodiram ontem em Copacabana
(detalhe: tampa quebrada e sinalizador
com o nome da rua jogado ao chão)
Foto: Felipe Hanower / Agência O Globo


Os dois últimos fatos ocorreram na esquina da Rua Constante Ramos com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana. Felizmente dessa vez as explosões foram em escala inferior as demais e não fizeram vítimas.

Esse absurdo acontece porque – a meu ver - não há uma cobrança sisuda e competente das Agências Reguladoras e por isso, acabam por serem também responsáveis em casos como esses que já fizeram algumas vítimas, inclusive fatais.

É óbvio que em um ambiente subterrâneo onde existam várias galerias (gás, telefonia, TV, água, esgoto e eletricidade) os riscos são constantes e variados, porém a precária e quase ausente manutenção preventiva de cada operadora não satisfaz as necessidades e a segurança mínima, bem como não justificam os preços que cobram aos consumidores para prestarem seus serviços.

Explosões contínuas com labaredas
que chegaram a 6 metros de altura
(esta no Centro do Rio foi a 1ª do mês de junho)
Vídeo: Carlos Puig / Agência O GLOBO


O fator causador das explosões - que viraram rotina no Rio - é gerado pelo gás que escapa através das conexões e tubos corroídos e raramente substituídos por prevenção, invade e impregna as galerias de energia elétrica que por sua vez, tem cabos com emendas de baixas homogeneidades e que por isso esquentam com a sobrecarga do consumo aumentado, formando assim, um perfeito processo de auto combustão, propiciando o inevitável.


Os trágicos resultados desses acidentes são fortalecidos principalmente pela falta da manutenção preventiva e adequação dos equipamentos e condutores em acordo com a demanda.

As ocorrências mais comuns que afetam diretamente ao meio-ambiente e as pessoas são: O afundamento e a contaminação do solo e dos lençóis freáticos, choques elétricos, explosões e incêndios. E as empresas responsáveis pelas explosões nas galerias subterrâneas do Rio são: LIGTH (Companhia de Energia Elétrica) e CEG-RIO (Companhia Estadual de Gás). E as co-responsáveis são: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (AGENERSA).

Resumo da ópera: As explosões acontecem, causam danos à cidade e às pessoas, se faz muito pouco para prevenir, a fiscalização das reguladoras não são eficazes, ninguém cobra providências de ninguém e a população que pague as contas e depois, que se dane... 


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