Este poeta, autor, escritor, cantador... - Sei lá, qual seja o principal ofício dele - deveria estar muito apaixonado quando escreveu esse texto para sua Musa.
Embora anônimo, o conheço muito bem e certamente falava a verdade.
“Haverá o dia em que você sairá de casa pela manhã e encontrará no céu límpido o sol mais brilhante do que o de costume, o ar mais puro do que aquele que costuma respirar, ou a brisa matutina mais fresca que possa sentir e os pássaros mais cantantes do que normalmente consegue ouvir...
Haverá o dia em que seu sorriso estará mais contagiante do que costuma encantar, os gestos mais carinhosos do que aquele que geralmente oferece, o caminhar mais compassado do que aquele que galga em seus caminhos, o olhar mais reluzente do que aquele que encanta a quem te admira...
Haverá o dia em que acontecerá a realização do sonho que marcou muitas de suas noites em claro, a visão que mal iluminava sua mente saltará para o fascínio deslumbrante da paixão, o suspiro represado no seu peito soprará o hálito mais quente e sôfrego, a sua boca ressecada e muda encontrará a outra e se umedecerá entre beijos e ditas palavras de amor.
Haverá o dia em que a sua ansiedade do passado será substituída pelo fato consumado, a saudade angustiante que sente agora se transformará na presença companheira, o terrível medo que te acompanha desaparecerá do seu coração desejoso e carente, a tristeza do seu peito ferido terá a cura e acomodará no colo um consorte mortal... Me acomodará”.
(Autor Conhecido)