11 de novembro de 2011

VAZAMENTO DE PETRÓLEO NO MAR


Mais um vazamento de óleo, ocorrido ontem (10), ameaça vidas marinhas, e dessa vez na Bacia de Campos, numa das plataformas situadas na região denominada Campo de Frade, a 120km da costa do Espírito Santo.

Embora o vazamento seja aparentemente muito pequeno em relação ao ocorrido no Golfo do México, inspira preocupação pelo fato do óleo ser um poluente muito ativo e prejudicial ao meio ambiente (sempre é) e, se não controlado, poderá chegar à costa brasileira.

Foto: Wiki Commons

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), disse que iniciou investigações para apurar responsabilidades que certamente provém da extração controlada pela petroleira americana CHEVRON BRASIL (que de Brasil não tem nada além do nome dado para abrasileirar-se contratualmente).

Ao ser questionado, o Secretário Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA), Carlos Minc, afirmou que esse vazamento não é grave e que por isso o Rio tem que reaver os royalties do petróleo para que, no caso de vazamentos mais graves, o Estado tenha recursos e esteja preparado.  

Bem... A meu ver, jamais um cidadão que defenda o ambiente poderia dizer que um vazamento de petróleo no mar a sua frente não tenha gravidade. Por sua declaração, demonstra-se insensível para sentar o bumbum na cadeira como secretário do ambiente e tratar com aparente indiferença acidentes menores ou maiores, que porventura aconteçam na esfera ambiental.

Pena ele desconhecer que qualquer poluição imposta ao ambiente é sempre gravíssima, ocorre de formas variadas, de degeneração contínua e quase sempre irreversível e, em se tratando de poluentes, até um cigarrinho fedorento a bosta de boi queimada também contribui para isso.


Com todo o respeito pelo seu cargo (somente), posso sentir o fedor de seu hálito quando declarou isso...

O Brasil está sendo destruído rapidamente por conta de abusos de poderes e incompetência dos que tem a função de combater toda essa agressividade generalizada.

Aqui mesmo no Rio, mais especificamente na região de Itaguaí, uma grande área de mata original de mangue está sendo destruída por uma mineradora alemã, que, além de estar com licença suspeita de irregularidades, opera normalmente. Sem contar que essa mesma mineradora lança no ar metais pesados trazendo transtornos à população vizinha. Ela faz e acontece e ninguém definido pelo povo tem peito, coragem, atitude ou determinação para embargar oportunamente essa destruição.

Como esse caso de Itaguaí (RJ), o vazamento de petróleo em nosso litoral será cada vez mais propenso, principalmente se tiverem nas frentes das extrações, operadoras estrangeiras indiferentes às destruições que suas ingerências descompromissadas possam causar.
E por fim, lamento ter um senhor, simpatizante da rebeldia e do fedor enfumaçado dos anos 70, gerenciando o ambiente já tão degradado e carente de cuidadosa proteção.

Pra nossa consolação, o IBAMA (mesmo com asas cortadas e sem muitos poderes), está acompanhando de perto a dispersão mecânica e o recolhimento do óleo sobre a superfície e que, segundo ela, esse procedimento de emergência está sendo praticado corretamente.

Basta saber o grau de comprometimento que esse vazamento ocasionará ao mar e às vidas nele existente.

Menos mal, porém jamais sem gravidade...


DETALHE IMPORTANTE QUE CONTRADIZ A DECLARAÇÃO DO SECRETÁRIO DE ESTADO DO AMBIENTE DO RIO DE JANEIRO, CARLOS MINC, QUANDO DIZ QUE ESSE VAZAMENTO DE ÓLEO NÃO É GRAVE: A Bacia de Frades está situada na rota obrigatória das Baleias Jubartes e das Tartarugas Marinhas que se deslocam das águas frias do sul a procura das águas mais quentes do nosso litoral, para se reproduzirem.


Esse é mais um acidente que se enquadra na grandeza da gravidade de quaisquer poluentes despejados nos mares, e que, esse secretário condicionado na defesa dos grandes financiadores do Estado do Rio de Janeiro, faz por desconhecer.


Haja paciência!!!