12 de março de 2012

CONEXÃO AMÉRICA DO SUL


Vão dizer que não tenho nada com isso, mas na verdade, esse fato tem a ver com todos nós habitantes da América do Sul.

Estamos vendo crescer um sistema que protege os malfeitores e os que, de alguma forma, tenham ligações com o poder.

Esse procedimento impopular tem trazido danos graves ao moral das nações e à democracia do pós-militarismo no continente, favorecendo o aumento expressivo na criação de facções e, consequentemente, a violência que se abate sobre o povo.

Infelizmente, entre todos os tipos de mazelas governamentais, a mais grave é o favorecimento para o crescimento do crime organizado, um poder paralelo abastado de riquezas que envolvem o tráfico de drogas, de armas e de influências que, direta ou indiretamente, compram a honestidade de políticos para estabelecerem liberdades nas ações regionais.

Pois bem... Pensávamos ter visto de tudo aqui no Brasil, embora integrantes do governo jamais tenham visto ou sabido de nada, ou participado, ou acreditado na participação de seus fiéis seguidores... Mas na verdade, não vimos tudo ainda. E para incluir na lista do que já vimos, leiam a história a seguir:

“Na semana passada, a polícia italiana descobriu 40 quilos de cocaína contrabandeados em malotes diplomáticos da República do Equador, malotes esses que são bagagens contendo documentos oficiais expedidos pelo Ministério das Relações Exteriores daquele país e com passes livres alfandegários.

Essa liberdade de acesso documental é regulada pela Convenção de Viena e, como exigência, tem que constar em lista todo o material contido. Essas bagagens não podem ser abertas ou detidas sob a proteção dessa regulação.

Mas... O governo equatoriano fez ressalvas regendo interpretações ao seu modo quanto a alguns itens da Convenção de Viena, onde particularmente isentam das listas, informações sobre malotes que transportam jóias, obras de artes, artesanatos e outros itens sem valores comerciais para exposições, promoções culturais e comerciais no exterior, e que, segundo as ressalvas, é dispensável ao conhecimento aéreo.

 Foto by  Otto J. Reich e Ezequiel Vázquez Ger

E não pára por aí! Essa não foi a primeira interceptação italiana em malote oficial do Equador. Em meados de janeiro a polícia já havia apreendido bagagem oficial com outros 40 quilos de cocaína em vasos ornamentais de um artista equatoriano que faria uma exposição em Milão, este artista, segundo denuncias da oposição ao governo equatoriano, tem relações estreitas com o presidente do Banco Central do Equador, que é primo do presidente da república Rafael Correa. Segundo a mesma fonte de denúncias, a irmã de Correa mantém igualmente constantes relações com o consulado em Milão.

Também na semana passada, a polícia descobriu no porto de Guayaquil, 119 quilos de cocaína escondidos num container de bananas que seriam exportadas. O interessante para esse registro é que, há dois anos passados, a mesma empresa exportadora foi denunciada por ter como principal acionista nada mais e nada menos que o Vice-Ministro das Relações Exteriores do Equador na ocasião, e que no qual, era o responsável pelas relações comerciais com o Irã e outros vários países pelo mundo a fora.

Segundo o jornal eletrônico Foreign Policy, estes são apenas dois casos que mostram como o governo equatoriano sancionou um ambiente permissivo para atividades ilícitas em seu território. Através de acordos formais como o novo mecanismo de "malas diplomáticas extraordinárias"; através do aparente envolvimento de membros do seu governo no tráfico de drogas; através de uma virtual eliminação da obrigação de vistos de pessoas desconhecidas para a entrada no país; ou através de acordos financeiros com bancos do Irã que facilitem as operações de lavagem de dinheiro. Ainda, segundo o jornal eletrônico Foreign Policy, o Equador de Rafael Correa tornou-se um território ideal para a ilegalidade e a fraude”.

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Vale lembrar que o Equador vive hoje dias de protestos por conta da insatisfação do povo, onde a crise é grande e a democracia agredida de várias formas, principalmente com a violação dos direitos humanos e da liberdade de expressão, haja vista o emudecimento da imprensa local.

E pior: Essa moda está se espalhando pela América do Sul e matando a tão almejada democracia pós-militarismo antes de se tornar plena.

Parece que os ventos estão trazendo para o sul, ensinamentos antidemocráticos, vindos de Fidel e Chaves.

Infelizmente...