25 de fevereiro de 2011

SUPERVIA, Descaso Sobre Trilhos


Até parece que eu estava adivinhando quando na última postagem sobre as BARCAS S/A, citei o METRÔ RIO e a SUPERVIA ...
Na verdade não adivinhei nada, o fato é que os problemas apresentados por quase todas as concessionárias que atuam no Rio de Janeiro apresentam constantes problemas na prestação de seus serviços, e que podemos até dizer que algumas têm péssimos serviços comparados às necessidades da população e pelo que ela paga sob o título “tarifa” - Deixa pra lá, essa é outra história...
Ontem uma superlotada composição de trens da SUPERVIA apresentou problemas e parou na Estação de Olaria, deixando uma multidão em fervorosa ira. Com medo de que houvesse destruição das composições, obviamente, a direção da concessionária acionou o 16º Batalhão de Polícia Militar do Estado (que também fica em Olaria) para dar suporte aos Guardas Ferroviários, caso houvesse “quebra-quebra” na pequena Estação.
Bem, a concessionária SUPERVIA informou mais tarde que houve sim, um problema operacional e que o atraso se estendeu por 15 minutos apenas – acho que eles não sabem contar as horas...
Até pouco tempo fui usuário desse meio de transporte e posso afirmar que os trens do Rio só ganham dos outros meios pela velocidade de locomoção, mas isso depois que você está todo amarrotado dentro da composição, antes ou bem depois das panes terem acontecido, coisa comum quase todos os dias.
Os passageiros dos trens são em sua maioria pessoas humildes, moram na Zona Norte, Zona Oeste e Baixada Fluminense, portanto longe do Centro, e por descasos qualificados, pertencem a fatia da população que mais sofre com os deficitários transportes urbanos da Cidade Maravilhosa.
Os serviços prestados pela SUPERVIA não são, nem de longe, compatível com o valor da passagem que ela cobra, pois é péssimo e a maioria das composições são velhas, mal conservadas, sujas, escuras e muito quentes, portas funcionam mal, janelas abertas não fecham e as fechadas na abrem, faltam lâmpadas, ventiladores não funcionam, há diferenças de alturas entre os pisos dos vagões e as plataformas... São inúmeros os problemas que engordam a deficiência operacional dessa concessionária.
Mesmo com tantos afazeres para atender aos anseios da população usuária, a empresa ainda é agraciada com reajustes desmerecedores, pois a AGETRANSP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro), concedeu um aumento de tarifa no mês passado e que elevou o valor da passagem para R$ 2,80. Baseado em quê? Não sei...
Como se não bastasse, diante de constantes “problemas operacionais” e denúncias dos milhares de usuários, o Governo Estadual, tendo como Governador o Sr. Sérgio Cabral Filho, anunciou no dia 25 de fevereiro de 2011, a renovação do contrato de concessão da SUPERVIA em mais 25 anos a contar do ano de 2023, quando vence esse contrato atual – não precisa ler de novo, foi isso mesmo que eu escrevi.
Agora fico sem entender como a administração do Estado pode prever as necessidades do povo carioca daqui a 12 anos e prever que a concessionária “agraciada” atenda essa necessidade diante dos números até aqui aprecentados?
O consórcio vencedor do leilão de privatização do sistema de trens urbanos do Rio e que gerou a SUPERVIA em 1998 – portanto 13 anos onde pouco se fez – venceu com o lance de R$ 279,7milhões. Os planos para o decênio 2010 – 2020 é de R$2,3 bilhões, mas ela só aplicou desde seu início R$ 545 milhões, sendo R$ 29 milhões só no ano passado, ou seja, muito pouco diante das necessidades “operacionais” claramente apresentadas sobre os trilhos da nossa malha ferroviária...
Caramba! Cadê a Assembléia Legislativa e suas CPI’s? Onde estão os fiscais do povo? Por debaixo de qual lona se escondem os parlamentares que deveriam lutar pelo bem comum?
Desculpem-me se estou sendo crítico ao extremo e falando pelos cotovelos, mas certamente o povo só ganha título de gente quando vai às urnas, do contrário, segue como bruzundanga diante da classe abastada dos políticos amigos, do outro obviamente...  
  

22 de fevereiro de 2011

Quem Pode Reclama, Mas Nem Sempre...


Caramba! Até que enfim o Governador do Rio abriu a boca pra reclamar dos serviços mal prestados pela concessionária Barcas S/A que explora – e nada mais – os serviços de barcas entre Rio (Centro, Ilha do Governador e Ilha de Paquetá) e Niterói (Centro e Charitas).
Já perdemos as contas de quantos incidentes aconteceram com as lanchas nos últimos meses, as travessias têm se tornado viagens pra lá de radicais com direito a ficar à deriva no meio da Baía e ter que fazer transferência entre embarcações bem longe do cais...

 A Barca Boa Viagem em socorro à Barca Martim Afonso, a deriva por duas horas na Baía de Guanabara

Quem é do Rio ou esteve por aqui há algum tempo e teve a oportunidade de atravessar a Baía de Guanabara através de uma embarcação dessas, sabe muito bem do romantismo vivido no interior das antigas barcas Sempre pintadinhas e limpinhas. Mas hoje o que se vê são barcas sujas, enferrujadas e mecânicas funcionando com precariedades, logo observado pelas vibrações que causam através das estruturas metálicas e que muito trazem desconfortos aos passageiros.
Para a situação atual desse tipo de transporte onde as barcas antigas, sujas e mal conservadas estão aos poucos sendo desativadas e substituídas por lanchas mais modernas (que também têm o mesmo tratamento) só podemos dizer que o desleixo e a falta de respeito com milhares de passageiros tem um nome muito especial, e esse nome é “Ganância”...
O Governador foi correto em sua cobrança e espero que cobre também da SUPERVIA – Concessionária que explora os trens urbanos do Rio – que “sacaneia” muito os passageiros no referente a horários, conservação e limpeza dos vagões, mau funcionamento de portas e janelas, e o pior, superlotação. Não me conformo com o preço das passagens muito aquém dos serviços que ela presta.
Da mesma forma acontece com o Metrô do Rio que está sempre com os horários alterados, super-super-superlotação e geralmente com os condicionadores de ar fora de funcionamento.
Jamais vi ou ouvi o Governador Sérgio Cabral Filho falar sobre os maus serviços dessas duas últimas concessionárias citadas, não sei por que, mas acho que ele não gosta muito de reclamar delas, mesmo que seja para defender seu povo...