27 de fevereiro de 2011

Menina Cristal, 20 Minutos Submersa...


Mais uma vez a prova de dedicado amor à vida é demonstrada pelos bombeiros que resgataram e tornaram à vida a menina Cristal...
Muita comoção entre as pessoas que se encontravam próximo do Rio Morto, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, na tarde de quinta-feira - 24 de fevereiro, e que presenciaram todo o processo de salvamento das pessoas envolvidas num acidente de trânsito.
O acidente ocorreu após uma ultrapassagem mal calculada por um imbecil bêbado e desclassificado para dirigir por estar com a habilitação vencida há oito anos, o veículo desgovernado invadiu o limite lateral da via e projetou-se, ou melhor, foi projetado pelo crápula para o interior do rio. Ao presenciar o acidente, um pescador anônimo (Herói por condição) pulou na água a fim de resgatar os envolvidos, conseguindo assim, trazer a tona duas mulheres e o traste bêbado causador de tudo. No mesmo momento soube ele que havia uma criança ainda no interior do carro, foi ao fundo e infelizmente nada encontrou.
Após a chegada dos primeiros Bombeiros (Heróis por dedicação), quase que imediatamente após o acidente, começaram o processo de içamento do carro, e para surpresa de todos, a menina de um ano e dois meses não estava na cadeirinha como deveria. Com maestria iniciaram novas buscas no fundo do rio, felizmente desta vez a encontraram e logo iniciaram os procedimentos de revitalização fazendo-a tornar a vida, embora passado submersa por aproximadamente vinte minutos.


Video: Resgate do Bebê, no Rio Morto


Infelizmente a menina Cristal não resistiu e faleceu às oito e meia da noite de sexta-feira – 25 de fevereiro...
Agora, segundo a lei, esse "dejeto assassino" vai ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e pode ser enjaulado (eu disse: pode ser) por até dois anos...
Caramba! Que lei é essa? O cara enche a cara de cachaça e sai por aí com grandes possibilidades de matar dolosamente e ainda “pode ser preso e cumprir até dois anos”?
E qual é a pena para quem rouba galinhas para dar de comer aos filhos? Dez, quinze anos?
O Delegado que está no caso quer indiciar o "peste" em crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar) e pelo que percebi, não vai deixar por menos. Ainda bem...

Bem, não escrevi esse texto para merecidamente massacrar o criminoso e sua branda pena, escrevi tão somente para apresentar aos visualizadores do "Blog Pensar e Falar", uma história real que envolve os “nossos verdadeiros Heróis...”
Vale lembrar que tanto aqui no Rio, quanto no Brasil e no mundo, ser herói é ser dedicado à causa da vida, é ser determinado a favor dos valores do ser vivo, é ser notável por sua coragem, feitos incríveis, generosidade e altruísmo, é expor ao perigo a sua própria vida a favor do sentimento sublime de salvar outras vidas...
Faltou-me agora os nomes desses magníficos homens citados nessa história para ressalta-los e mostrar a todos quem são realmente nossos eternos HERÓIS.
Um herói não se projeta para aparecer, aparece com a projeção de sua coragem e dedicação. Esse é o verdadeiro HERÓI...

Um comentário:

  1. Sinceramente, é lamentável o raciocínio jurídico da Autoridade Policial que atendeu o caso e que entendeu tratar-se de crime culposo. Fui delegada de polícia, portanto, não sou leiga. O meu entendimento, bem como, o entendimento de muitos colegas e juristas é de que no caso houve homicídio doloso sim, ou seja, o indivíduo que comete o ato, mesmo não desejando de fato, mas assume o risco em alcançar o resultado, comete crime doloso e não culposo. Mesmo que a primeiro momento aparentasse uma lesão corporal, o resultado foi diverso, ou seja, homicídio e é esse o crime que o acusado deve responder. Espero que quando o procedimento policial chegar ao Ministério Público, que é o "dono da ação", o entendimento seja outro, caso contrário, devemos rasgar o Código Penal pois realmente não serve para nada. Não sou de fazer apologia ao crime, mas se fosse com minha filha, o meu comportamento seria outro, pois tenho sangue nas veias e sei que a Dona Justiça pouco está se importando com a dor alheia.

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