12 de fevereiro de 2011

NA CASA DEMOCRÁTICA, NÃO HÁ EDUCAÇÃO E MUITO MENOS DEMOCRACIA COMO DEVERIA


Meu querido pai sempre dizia: “Educação se traz de casa...”, com saudade, lembro de suas palavras bem administradas para que os filhos entendessem perfeitamente como foi sua educação, a mesma que nos passava a valer.


Papai nos deixou há quase 4 anos, e no dia em que se foi, contava com 77 anos de idade...

Aqui no Brasil temos muitos políticos nesta mesma faixa de idade, e pela conta dos anos, as épocas em que viveram suas infâncias não se distanciam muito.

Acredito que o rigor da educação aplicado pelos meus avós a uma criança daquela época, deve ter sido idêntica em essência e valor às outras crianças em fase de crescimento numa faixa compreendida de pelos menos 15 anos entre si.

Diante dessa histórica indicação, me vejo indignado com as declarações entre os atuais políticos – disse atuais e não atualizados – encruados no Congresso Nacional ou no Senado Federal desde o tempo em que os telefones precisavam gerar correntes de toques através de manivelas - caramba!

O fato é que as mentiras continuam em alta nessas Casas políticas e como sabemos, têm pernas curtas e logo, alguém vem e desmascara o mentiroso que tenta vender o peixe podre para o povo que sempre o degusta com muita naturalidade, acostumados que estão com esses decompostos que nos empurram goela a baixo...

Não obstante e em detrimento da verdade, o Senador José Sarney (PMDB-AP) com a maior cara lavada de quem não come e não bebe o poder dia após dia, disse que seu nome surgiu como um consenso no seu partido e que, por essa questão, aceitou entrar na disputa pela presidência do Senado Federal:

- "Se é a unidade do partido e o consenso, não me restará outra solução a não ser aceitar e prestar esse serviço à Casa..." Disse ele com aquele sorrisinho intragável.

E aí vem, para contra-dizer a declaração do risonho ancião, o líder do PSDB no Senado, Senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Segundo ele, os partidos aliados incluindo o seu, não puderam reagir em desacordo com a reeleição de Sarney para a presidência do Senado, pois do contrário, sofreriam sanções e ficariam de fora na “barganha” pelos tão almejados cargos:

- "Se reagíssemos, ficaríamos protegidos do desgaste político, mas, mais à frente, não teríamos instrumentos para atuar, porque estaríamos afastados das comissões e da Mesa..." Disse ele, “indignado" (hã!?).

Com essa declaração, entendo que ele quis dizer mais ou menos assim:

- “Se a gente brigar, a gente fica bem com o povo, mas não come do bolo, então, dane-se o povo, queremos é comer do bolo até nos empanturrar...” (e você, leitor(a) amigo(a), discorda da minha interpretação?).

Álvaro Dias ainda enfatizou algumas frases “explicativas”:
- "Se não participamos do entendimento, não mantemos nosso espaço..." (que jogo sujo de interesses, hein?);

- "Os votos do PSDB em favor do Sarney, são difíceis de serem compreendidos..." (isso inclui o voto dele?);

- "Mas esse é o jogo político daqui, fomos obrigados..." (agora sim, explica melhor o voto dele);

- "Não tivemos outra saída..." (que chato, né? Trair seu próprio eleitorado em favor da minoria podre – entende-se: políticos vendidos e burguesia oportunista).

E Sarney, diante dessa prerrogativa praticamente “inegável”, foi eleito por 70 votos contra 8 votos cedidos ao único opositor, Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), 2 votos em branco e 1 voto nulo. 

Vale lembrar que José Ribamar Sarney de Araújo Costa é:
Ex-presidente da República - eleito na carona de Tancredo Neves por um Colégio Eleitoral sob as ordens expressas do General Leônidas na ocasião da transição ao final da Ditadura Militar; Ex-governador do Maranhão – embora pseudoproprietário daquele Estado da União desde que entrou na política; Tetra-presidente do Senado Federal - pois ocupa aquela cadeira pela quarta vez, mesmo diante da indignação da maioria dos “brasileiros e brasileiras” que não suportam mais presenciar escândalos sem punições, bem como todas essas atividades comercialóides baratas que passaram a ser o ponto mais alto daquela casa e da “política nacional”.

Ora... Ou nos fazem simplesmente de bôbos, ou se acham no direito de dizerem e fazerem quaisquer “m” sem se preocuparem com repercussões negativas – atitudes que raramente acontecem – se valendo certamente dos milhares de votos adquiridos, sabe-se lá como e qual custo aparecem à seus favores.

E é por essas e outras que não canso de declarar que me sinto moralmente orgulhoso de ter absorvido muito bem a educação que meu saudoso pai aprendeu e me passou...

Valeu, querido papai!






“Meus brimas dam livres daguela homem mau...”


Feliz é o povo que tem a sabedoria e a pertinência em fazer descer pelo ralo, um governante autocrata e corrupto.
É o fim da era Mubarak no Egito. O cara mesmo na hora do sufoco e com a casa caindo, ainda tentou negociar a sua permanência, fazendo parecer uma negociação onde ele ainda pudesse, por direito adquirido, determinar regras plausíveis.
Ainda bem que a pressão foi grande e ficha do “múmia desenfaixado” caiu e ele se debandou juntamente com todos que por lá se escondiam, livrando o povo egípcio desse mal que se chama “autocracia”(poder ou regime político absoluto e concentrado).
O sujeito certamente se achou no direito de seguir os passos de Ramsés II (o Grande), que foi o 3º Faraó da XIX dinastia egípcia e que reinou por 66 anos aquele país africano.
Queria ele - Muhammad Hosni Said Mubarak - ser o 12º Ramsés da história do Egito? Se queria, se ferrou... Não conseguiu e ainda tomou um ponta-pé no pandeiro.
Tenho a desejar que o povo do Egito apague esse trauma de sua mente e busque a verdadeira democracia como um bem comum...


Comunidade Energia


Foi com muita tristeza que na semana passada presenciamos o incêndio que se abateu na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. O fogo intenso transformou em cinzas os trabalhos de centenas de pessoas que se dedicaram durante meses para transformar o sonho de cada ano na realidade emocionalmente única e por demais maravilhosa, de se fazer desfilar na Passarela do Samba - mas conhecido como Sabódromo - toda exuberância em brilhos, cores, movimentos, enredos temáticos e muita beleza através das escolas que defendem...
É certo que as comunidades das escolas atingidas diretamente se sentiram traídas pela sorte e viram se apagar diante dos olhos todo o brilho que se acendia a cada dia com a proximidade do carnaval. Mas o que não se esperava diante do lamentável ocorrido, é a singular motivação que cada um integrante traz no coração a fim de refazer parte do que se perdeu, mesmo que em qualidade inferior aos olhos do público, mas aos seus próprios olhos, apresentará o desfile que será registrado na história dos carnavais da cidade, como o de maior valor de energia e força moral.
A reação desse humilde povo trabalhador é extremamente emocionante e nele devemos nos espelhar quando um dia em nossas vidas estivermos achando que tudo estará terminado...
Que a alegria se estampe na face de cada integrante envolvido que não deixou que as lágrimas embaçassem a visão da esperança em mostrar na avenida - e em tão pouco tempo – um pedacinho do que tinha guardado pra mostra ao mundo. E certamente motivado por essa reação inesperada diante de um fim imaginário, volta a transformar os sonhos em realidades, ignorando o imaginário que já se foi desde o mesmo dia em que subitamente chegou...